Senhor, existem umas casas onde alguns homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais.
De manhã, a um toque de corneta se levantam para obedecer.
De noite, a outro toque de corneta se deitam, obedecendo.
Da vontade fizeram renuncia.
Seu nome é Sacrifício.
Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico.
A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de celebrar.
Os cineastas não se cansam de retratar.
Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si.
Nós os conhecemos por militares
Corações mesquinhos lançam-lhes em rosto o pão que comem; como se os cobres pudessem pagar a Liberdade e a Vida.
Autoridades de vista curta acham-nos caros demais, como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão.
Eles, porém, calados, continuam guardando a Nação do estrangeiro e de si mesma.
Pelo preço de sua sujeição eles compram a liberdade para todos e defendem da invasão estranha e do risco dos que não conseguem viver em sociedade, dos que sucumbiram ao jugo das paixões.
Se a força das coisas os impede agora de fazer em rigor tudo isto, algum dia o fizeram, algum dia o farão.
E, desde hoje, é como se fizessem.
Porque por definição o homem da guerra é nobre.
E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai a DISCIPLINA, e à sua direita CORAGEM.
obs: Foto da operacao "voto livre" , que participei em 2008 nas comunidades do salgueiro , vila cruzeiro e vila do joao .
Nenhum comentário:
Postar um comentário